Como consultor com anos de experiência, tenho tido a oportunidade de conversar com muitos C-Levels sobre os desafios e oportunidades que a Inteligência Artificial (IA) traz para seus negócios. O que tenho percebido é que, apesar do entusiasmo em torno da IA, existe uma preocupação crescente sobre a forma como as coisas estão acontecendo. A promessa de otimização, inovação e vantagem competitiva esconde uma complexidade que, se não gerenciada adequadamente, pode trazer mais problemas do que soluções.
Uma das principais questões que emerge dessas conversas é a necessidade de governança e controle na adoção de IA. Não se trata apenas de implementar algoritmos e modelos preditivos, mas de criar um ecossistema onde a IA seja utilizada de forma ética, transparente e responsável. A ausência de políticas claras e diretrizes bem definidas pode levar a decisões enviesadas, discriminação algorítmica e até mesmo violações de privacidade.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um marco importante nesse contexto. As organizações precisam garantir que o uso de IA esteja em conformidade com os princípios da LGPD, protegendo os dados pessoais dos clientes e colaboradores e da própria organização. Isso exige a implementação de medidas de segurança robustas, a criação de processos de auditoria e a nomeação de um encarregado de dados (DPO) para supervisionar o cumprimento da lei.
Além da LGPD, outras necessidades corporativas também devem ser consideradas na adoção de IA. A integração com sistemas legados, a escalabilidade da infraestrutura de TI e a capacitação dos profissionais são apenas alguns dos desafios que as organizações enfrentam. A falta de planejamento e a abordagem “piloto por piloto” podem levar a silos de informação, retrabalho e desperdício de recursos.
Diante desse cenário, a área de TI assume um papel fundamental na condução da jornada de IA nas organizações. Os profissionais de TI precisam estar preparados para lidar com a complexidade da IA, desde a escolha das tecnologias adequadas até a implementação de modelos de governança e controle. A colaboração entre as áreas de negócio e a TI é essencial para garantir que a IA seja utilizada de forma estratégica e alinhada com os objetivos da organização.
Em resumo, a adoção de IA nas organizações é um processo complexo que exige planejamento, governança e controle. A LGPD e outras necessidades corporativas impõem desafios adicionais que devem ser enfrentados com seriedade e responsabilidade. A área de TI, em parceria com as áreas de negócio, tem a missão de conduzir essa jornada de forma ética, transparente e alinhada com os valores da organização.
Este artigo é um reflexo das conversas que tenho tido com C-Levels de diversas organizações. Acredito que, ao compartilhar essas preocupações e desafios, podemos contribuir para uma adoção mais consciente e responsável da IA.
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